sábado, 23 de abril de 2011

Namorado da médica baleada pelo pai acredita na recuperação


Impressionado com o agravamento do estado de saúde da namorada, a médica de 26 anos que ficou tetraplégica depois de baleada três vezes pelo pai, há uma semana, em Almada, Miguel Barreto acredita na recuperação.

"É duro vê-la ventilada, sem conseguir falar mas acredito que a Diana vai recuperar". O jovem de 25 anos, residente em Évora, esperou a folga no fim-de-semana para visitar Diana Santos, internada nos Cuidados Intensivos do Hospital Garcia de Orta.

"Eles ainda nem falam na possibilidade de ela ter alta. Já foi operada e até agora continua igual", disse ao CM, desolado. Recorde-se que na última semana os estilhaços da bala que permanece alojada no pescoço fizeram inchar a traqueia, obrigando os médicos a uma intervenção urgente, abrindo um buraco na garganta para que Diana respirasse.

"Ela teve de ser ligada a um ventilador, depois de operada pela segunda vez", disse um familiar. Diana Santos sofreu complicações respiratórias e desenvolveu uma infecção no baço – devido à bala que lhe acertou no abdómen.

"Vou dar-lhe todo o meu apoio, gosto mesmo muito dela", afirmou o namorado. Ao que o CM apurou, quando Diana tiver alta vai ficar em casa da mãe, com quem não vivia desde os 13 anos.

O pai, que a maltratava desde sempre e a baleou por não aceitar o seu namoro, está agora em prisão preventiva. No fim-de-semana, a médica contou também com o apoio da irmã e de vários amigos.

"A MÃE QUER DAR-LHE TODOS OS CUIDADOS"

Lindaura, mãe de Diana, está inconsolável com o estado de saúde da filha e, segundo familiares, até deixou de comer. Apesar de não viver co m a médica desde os 13 anos, aquando da separação de António Marques, a mãe tenciona levá-la para casa. "Ela diz que, se for preciso, só come pão e água para a filha ter um sítio onde receba todos os cuidados necessários. Algumas vezes ela parece nem estar cá. Fica a olhar para o vazio", disse, preocupado, um familiar. Lindaura perdeu a guarda da filha quando esta tinha 13 anos. Tentou manter-se próxima, apesar do controlo apertado do pai.

Fonte: CM

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