quinta-feira, 3 de julho de 2014

Carlos Leitão: Um acidente de mota virou-lhe a vida do avesso

Carlos Leitão tem 48 anos e é natural da Chainça, concelho de Abrantes. Vítima de um grave acidente de mota em Abril deste ano sofreu lesões na coluna que o deixaram tetraplégico. Sem memória do que aconteceu, acordou para uma luta diária que trava com o apoio da família.

O dia 18 de Abril mudou o rumo da família Leitão. O acidente ocorreu pelas 22h00 no que se pensa ter sido um despiste no cruzamento entre a Avenida do Paiol e a Avenida Engenheiro Avelino Amaro da Costa, junto ao Hospital de Abrantes. Ninguém sabe o que aconteceu. A primeira pessoa a chegar ao local encontrou-o deitado no chão e chamou o INEM. Quando foi socorrido já não sentia as pernas.

Assistido no Hospital de São José, em Lisboa, regressou a Abrantes no dia 29 de Junho. O percurso de recuperação é lento e, para além da necessidade de aumentar a massa muscular, Carlos enfrenta agora uma pneumonia que tem dificultado as coisas. Nestes dois meses realizou uma operação à medula e duas traqueostomias, procedimento que tem auxiliado na respiração.

Toda a família tenta manter a esperança de que esta fase seja ultrapassada para que possa haver transferência para a Clínica de Reabilitação de Alcoitão, onde será seguido de perto por médicos especializados e fará fisioterapia.

O acidente de Carlos abalou todos os que lhe eram próximos. “Na vida nunca pensamos nestas coisas, são inesperadas. Pensamos que o dia de amanhã será sempre melhor e que vamos ultrapassar as coisas difíceis, mas não é verdade, ainda ficaram piores” diz Fátima Leitão, esposa de Carlos.

O prognóstico médico refere meses ou até anos para que possa volta para casa. “Após dois meses numa cama, a ver-se cada vez pior, ligado às máquinas devido às dificuldades em respirar, cada vez pensa mais no assunto. É complicado perceber toda a situação e aceitar que não se vai voltar a andar. Com a ida para Alcoitão existe esperança de que a força de vontade aumente. Estar com pessoas na mesma situação é diferente”, explica Fátima.

Iniciativas solidárias para ajudar a família

As dificuldades financeiras são outra fonte de preocupações. Antes do acidente, Carlos trabalhava na fundição do Rossio ao Sul do Tejo. Com dois filhos, um menor de 13 anos e uma rapariga de 19, que entrou este ano na universidade, a situação é delicada. O agregado vai subsistindo graças ao salário de Fátima.

Para ajudar esta família estão a ser organizadas várias iniciativas de solidariedade. No sábado, 5 de Julho, decorre no largo da igreja da Chainça uma festa solidária. Com início marcado para as 15h30, haverá quermesse e tascas. Poderá ainda ser feita a inscrição para um Passeio de Bicicletas pelas 16h00. A noite será de música com F&M às 19h30 e DJ BROE às 23h00, revertendo as receitas em prol de Carlos Leitão. Quem quiser contribuir, no dia da festa, com bens alimentares ou bolos para venda, deverá contactar o número 962 265 191.

Em paralelo existe uma campanha de recolha de material de plástico para a obtenção de uma cadeira de rodas e a possibilidade de fazer donativos através do NIB: 0035 0620 7569 3327 43015.

Fonte: O Mirante

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